
A INTERBEV lançou um plano reconquistar a soberania alimentar da França, frente à queda dos rebanhos de ruminantes e à dependência de importações. O plano inclui reforço da produção nacional, valorização dos cortes locais e exigência de padrões sanitários e ambientais para carnes importadas. A iniciativa destaca a importância de preservar a produção local, apoiar produtores e garantir segurança alimentar e sustentabilidade.

O relatório do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura da UE destaca os desafios de equilibrar produtividade, sustentabilidade e justiça social no setor agrícola europeu, propondo incentivos para práticas mais ecológicas e apoio a pequenos e médios produtores. Para profissionais do agroalimentar, o estudo reforça a necessidade de inovação, capacitação e atenção às mudanças regulatórias, preparando o setor para atuar de forma responsável e alinhada aos novos desafios da União Europeia.

As iniciativas da Sodiaal e da Danone refletem duas estratégias complementares para o futuro do leite: uma reafirma a identidade local e cooperativa, enquanto a outra aposta na sustentabilidade e inovação global. Ambas buscam reconectar o leite à sua origem, conciliando tradição, transparência e responsabilidade ambiental. O desafio comum é transformar propósito em prática, equilibrando viabilidade econômica, inclusão produtiva e coerência entre discurso e ação.

O “Uovo Circolare”, desenvolvido pela Azienda Agricola Fantolino em parceria com a UNISG na Itália, aplica a economia circular à produção de ovos, transformando resíduos agroalimentares em alimento para larvas que compõem parte da ração das galinhas poedeiras. O projeto reduz desperdício, promove bem-estar animal e incorpora pesquisa científica para melhorar a qualidade do produto. Mais do que um ovo, ele simboliza a transição de uma economia linear para uma regenerativa, integrando sustentabilidade, inovação e responsabilidade social.

Em 2025, a França já produziu 15 bilhões de ovos, alcançando 97% de autossuficiência, mas ainda precisará ampliar a produção para responder a uma demanda crescente. O ovo se consolidou como alimento acessível e nutritivo, com avanços em bem-estar animal e inovação em ovoprodutos, embora desafios como crises sanitárias e custos de produção mantenham a necessidade de apoio e cooperação no setor.

O Basque Culinary Center e a AgroBank lançaram a iniciativa Impulso Agro, destacando 40 jovens profissionais que inovam e enfrentam os desafios do setor agroalimentar e gastronômico. Esses jovens combinam sustentabilidade, tecnologia e tradição para transformar a cadeia produtiva, com destaque para a forte presença feminina e projetos focados em renovação geracional. A iniciativa busca criar uma rede colaborativa que impulsione mudanças significativas no agro, conectando talentos e promovendo um futuro mais sustentável e inovador.

O uso de blockchain em cadeias de suprimentos de alimentos perecíveis pode aumentar a transparência sobre a frescura dos produtos, reduzindo desperdícios e aumentando os lucros. A tecnologia, aliada a sensores IoT e contratos inteligentes, permite decisões mais eficientes e relações mais justas entre varejistas e fornecedores.

No colóquio realizado em 14 de maio no Palais Bourbon, em Paris, especialistas de diversas áreas defenderam a substituição do PRG100 pelo PRG* para uma avaliação mais precisa do impacto climático da criação de ruminantes. O evento destacou a importância dos sistemas de criação extensiva e das pastagens permanentes na preservação do solo, da biodiversidade e da qualidade da água. Também foi ressaltado que os impactos ambientais e na saúde dependem mais do modelo de produção adotado do que dos ruminantes em si.

A ESAAF é uma nova aliança formada por cinco grandes institutos europeus para fortalecer a ligação entre ciência e políticas públicas em agricultura e alimentação. Seu objetivo é fornecer conhecimento científico independente, atualizado e coordenado para apoiar decisões estratégicas da União Europeia. A iniciativa busca acelerar a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis, resilientes e competitivos em toda a Europa.

A ANSES publicou um relatório sobre alimentos ultraprocessados, destacando a falta de consenso sobre a definição desse tipo de alimento. O relatório aponta uma possível relação entre o consumo desses alimentos e o aumento de doenças crônicas, embora com evidências limitadas. A agência sugere a realização de mais estudos para entender melhor os impactos dos métodos de processamento na saúde e guiar políticas públicas alimentares.

O AWS International Water Stewardship Standard é o primeiro padrão a promover as melhores práticas na gestão sustentável da água em escala global.

O Queijo Minas Artesanal (QMA) foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, destacando o modo tradicional de produção que reflete a rica diversidade cultural de Minas Gerais. Este reconhecimento, único para um alimento brasileiro, valoriza não apenas a excelência do queijo, mas também fortalece a identidade cultural local e as economias rurais.

O setor agroalimentar europeu teme o acordo Mercosul-UE devido à concorrência desigual, impactos ambientais negativos e o risco de exploração de recursos naturais sem benefícios para as comunidades locais.

Muitas empresas do setor alimentar estão apostando no transporte marítimo, tanto para descarbonizar os seus fornecimentos de matérias-primas exóticas como para exportar os seus produtos acabados para destinações longínquas. Uma solução única para reduzir drasticamente a pegada de carbono associada aos fluxos logísticos. Especialmente porque os produtos ambientais beneficiam de uma longa vida útil, compatível com tempos de transporte prolongados.

A comercialização de produtos da pesca – ou seja, todos os animais marinhos ou de água doce (com exceção dos moluscos bivalves vivos, dos equinodermos vivos, dos tunicados vivos e dos gastrópodes marinhos vivos e todos os mamíferos, répteis e rãs), selvagens ou reprodutores, bem como todas as formas , partes e produtos comestíveis desses animais, está sujeito a informação específica aos operadores econômicos e aos consumidores, adicional às regras gerais dentro da U.E.

O Regulamento sobre Produtos Livres de Desmatamento, em inglês “EU Regulation on Deforestation-Free Supply Chains” (EUDR) é, segundo a Comissão Europeia, um ponto de virada importante na luta global contra o desmatamento. O regulamento se aplica a todos os produtos colocados no mercado a partir de 30 de dezembro de 2024 (30 de junho de 2025 para pequenas empresas).

PLAN’EAT é um projeto de investigação do Horizonte Europa, financiado pela Comissão Europeia, que visa transformar os sistemas e ambientes alimentares em direção a um comportamento alimentar saudável e sustentável.

Conscientes do que fazem e da imagem que a informação e comunicação inadequada sobre seus trabalhos e profissão têm causado, estes agricultores compartilham seu dia a dia ou mesmo informações práticas, técnicas e científicas de maneira positiva e construtiva.

A última greve dos agricultores franceses, quando tratores bloquearam estradas, entraram nas cidades, e manifestaram seus descontentamento perante grandes distribuidores, foi a maneira que o setor encontrou para fazer uma série de reivindicações que não dizem respeito às grandes potências agrícolas.