“Segundo o comunicado oficial da INTERBEV, publicado em seu site de imprensa — ‘Plan de Souveraineté Alimentaire’ — a interprofissão propõe 10 medidas prioritárias para frear a queda do rebanho francês e garantir a soberania alimentar.
A interprofissional francesa INTERBEV — que representa a totalidade da cadeia de criação, abate, corte e comercialização de carnes bovina, ovina, caprina e equina — acaba de lançar um plano com 10 medidas urgentes e prioritárias para reconquistar a soberania alimentar da França, diante de uma queda persistente dos rebanhos de ruminantes e do risco de erosão da produção nacional.
Segundo INTERBEV, a França perdeu mais de 1,2 milhão de cabeças bovinas nos últimos dez anos; os abates de bovinos, ovinos e caprinos caíram drasticamente — sinais claros de que, se nada for feito, o país pode perder parte importante de sua capacidade de produzir carne para consumo interno.
A proposta está sendo apresentada num contexto crítico: a abertura das conferências de soberania alimentar promovidas pelo governo francês, com a missão de definir uma agenda que garanta, a longo prazo, que a França dependa menos de importações e recupere o controle sobre sua produção de alimentos.
Entre as dez medidas, destacam-se:
- exigir que carnes importadas respeitem os mesmos padrões sanitários e ambientais franceses (evitando concorrência desleal);
- reforçar os apoios da Política Agrícola Comum (PAC) para apoiar os produtores nacionais;
- garantir apoio financeiro e renovação geracional para impedir o esvaziamento das zonas rurais;
- modernizar a rastreabilidade e promover transparência sobre a origem da carne;
- e assegurar a presença prioritária da carne francesa na restauração coletiva e nos mercados locais.
Esse plano é mais do que uma pauta de um país — ele representa um alerta e uma reflexão global para o setor agroalimentar.
Com crescente globalização, tensões ambientais e crises climáticas, a dependência de importações de proteína animal expõe vulnerabilidades sérias.
Garantir soberania alimentar significa proteger a produção local, valorizar os produtores, assegurar rastreabilidade e qualidade, promover justiça social e sustentabilidade ambiental — valores que dialogam diretamente com a missão da Verakis.
Este momento exige atenção: as decisões tomadas agora, na França ou em outros países, podem servir de modelo (ou de advertência) para quem busca construir cadeias alimentares mais resilientes, éticas e sustentáveis.
Fonte: Interbev
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