A qualidade final de um alimento processado (bolo, torta, lasanha, biscoito…) está correlacionada com as matérias-primas (ingredientes) utilizadas no processo de fabricação.
Mesmo em casa, os ingredientes determinam o desenvolvimento mecânico e as reações necessárias em cada etapa de processamento, ou da receita.
A produção de alimentos continua a crescer substancialmente e para a produção de alimentos em escala industrial utiliza-se uma série de ingredientes, por vezes, controversos, como os açúcares, gorduras modificadas, ou aditivos sintéticos.
Todo ingrediente influencia na constituição do alimento, e cada um deles tem função determinada, para que o produto final se enquadre nos padrões adequados. Estes últimos determinados pelas preferências dos consumidores e pela legislação vigente.
Quando fazemos um bolo em casa vamos ao supermercado e escolhemos os ingredientes de acordo com nossa preferencia de marca (por confiarmos), preço ou curiosidade de testar um novo produto. O importante é saber que cada ingrediente importa, pois eles vão reagir entre sim, e darão “vida” ao bolo. Seja a farinha, o fermento, a manteiga ou qualquer outro ingrediente.
Quando preparamos o bolo, a farinha é a matriz principal, o amido ali presente irá coagular e dar consistência depois de assado.
O ovo é um dos responsáveis pela firmeza e liga da massa, mas se batermos as claras em neves antes, nosso bolo vai ficar mais fofo e macio.
O leite também colabora com a maciez.
A manteiga vai ser uma das encarregadas pelo sabor, mas ela também vai hidratar a massa e ajudar na retenção de ar, interagindo com a manteiga.
O açúcar também ajuda a reter o ar e favoriza o crescimento da massa.
E o fermento, coadjuvante importante, contém microrganismos que irão reagir quando submetidos ao calor e em contato com a água, fazendo com que o gás carbônico presente no meio faça o bolo crescer.
Em suma, cada ingrediente é importante e cada um deles é conhecido e respeitado pelos fabricantes de alimentos.
Se um deles não for de qualidade o resultado final é comprometido.
Não se pode desassociar a qualidade intrínseca e sensorial de um alimento processado (em casa ou numa linha de produção em escala industrial) produto da qualidade dos ingredientes que o compõem.
Infelizmente e em alguns casos o que barateia o produto final é a baixa qualidade dos ingredientes.
A matéria prima deve ser de qualidade, estar dentro dos padrões e recomendações das legislações vigentes, para que a qualidade dos alimentos seja preservada.
Não é somente o que compõe um alimento que importa, é a qualidade de cada ingrediente que é importante.
Élida Silva – Aluna da UFAPE, estagiária da Verakis.
Imagem : stevepb