Os benefícios de nos conectarmos com a natureza têm sido comprovados cientificamente. Essa conexão nos permite, inclusive, perceber detalhes e experimentar sensações que antes não conhecíamos ou deixamos de conhecer. A conexão gera consciência, e o resultado é a conservação.
Quando se fala em biodiversidade, o Brasil ocupa a primeira posição na lista de países considerados mais megadiversos.
Mais de 100 mil espécies animais e cerca de 40 mil espécies vegetais fazem do país a nação da diversidade. Essa condição também se aplica ao falarmos sobre alimentos.
Pensando em unir biodiversidade e alimentação, instituições internacionais idealizaram e aprovaram o Projeto “Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade para Melhoria da Nutrição e do Bem-Estar Humano”, também conhecido como “Biodiversidade para Alimentação e Nutrição – BFN” (sigla em inglês), que é coordenado pelo Bioversity International, ou Instituto Internacional de Recursos Genéticos Vegetais – IPGRI, e inclui, além do Brasil, países como Quênia, o Sri Lanka e a Turquia.
O Projeto, que também conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, tem como objetivo, segundo o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, “a conservação e a promoção do uso sustentável da biodiversidade em programas que contribuam para melhorar a segurança alimentar e a nutrição humana. Ao mesmo tempo, o Projeto busca valorizar a importância alimentícia e nutricional das espécies relacionadas à biodiversidade agrícola e resgatar o valor cultural desempenhado no passado por muitas dessas espécies.”
Além disso “visa à ampliação do número de espécies nativas utilizadas atualmente em nossa alimentação, à mitigação dos problemas relacionados à dieta simplificada e ao fortalecimento da conservação e do manejo sustentável da agrobiodiversidade, especialmente por meio da incorporação de ações de transversalidade em programas e estratégias de segurança e soberania alimentar e nutricional.”
Como forma de complementar o Projeto, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, e diversas outras instituições, participaram da elaboração do livro “Biodiversidade Brasileira – Sabores e Aromas”. No livro foram publicadas 335 receitas que utilizam alimentos provenientes das diferentes regiões do Brasil.
Arumbeva, Butiá, Cupuaçu e mais dezenas de nomes que compõem as receitas mais originais – e nacionais – que se possa imaginar, nos mostram o quão diverso e rico é o nosso país, e o quanto somos responsáveis pela conservação e valorização das nossas riquezas.
Confira mais a respeito do livro em nosso site. Se testar alguma receita, não esqueça de compartilhar!
Fontes: