Os regimes vegetarianos e veganos têm despertado cada vez mais interesse, seja por razões éticas, ambientais ou de saúde. Mas quais são, de fato, seus efeitos no organismo? Duas análises recentes da Anses avaliam os benefícios e riscos desses hábitos alimentares e apresentam recomendações para manter um equilíbrio nutricional adequado.
Segundo a Anses, adotar uma dieta sem carne e sem peixe pode trazer diversos benefícios: redução do risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer (como estômago e próstata). Reduzir o consumo de carnes e embutidos também ajuda a prevenir obesidade e problemas cardiometabólicos. Ainda assim, as evidências científicas não são suficientes para estabelecer relações diretas e definitivas entre essas dietas e a prevenção de doenças.
Por outro lado, esses regimes não estão isentos de riscos. Pessoas veganas, especialmente, apresentam maior probabilidade de fraturas ósseas e carências de ferro, iodo, vitaminas B12, B2, B6, D e zinco (principalmente homens veganos). Por isso, a Anses recomenda dietas otimizadas e, quando necessário, suplementação para suprir possíveis deficiências. No Brasil, a oferta de alimentos enriquecidos com B12 e outros nutrientes ainda é limitada, tornando a suplementação essencial.
Para orientar os consumidores, a Anses detalha referências alimentares adequadas: por exemplo, um vegetariano lacto-ovo deve consumir quantidades suficientes de frutas e verduras, leguminosas, cereais integrais, oleaginosas, substitutos de laticínios, óleos, ovos e queijos, respeitando as quantidades recomendadas. O acompanhamento de um nutricionista é indicado para personalizar essas recomendações.
Em resumo, dietas vegetarianas e veganas podem trazer inúmeros benefícios à saúde, desde que seguidas com atenção para evitar carências nutricionais e garantir equilíbrio alimentar.
Fonte: Relatório Anses
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