A partir de outubro de 2025, a Noruega vai proibir todo marketing de alimentos ultraprocessados para menores de 18 anos. Comerciais, posts patrocinados, brindes, influenciadores digitais — tudo entra na lista.
O objetivo? Proteger crianças e adolescentes do bombardeio publicitário de produtos pouco saudáveis.
Mas será que só tirar a propaganda do ar resolve? O preço dos alimentos saudáveis vai cair? A qualidade da comida vai melhorar? Ou seguimos apenas trocando o canal enquanto o prato continua o mesmo?
A medida norueguesa vai além da simples proibição de anúncios: ela veta todas as formas de marketing de alimentos ultraprocessados voltados para menores de 18 anos, abrangendo comerciais, promoções, brindes, posts patrocinados e até influenciadores digitais. O objetivo declarado é proteger crianças e adolescentes do intenso bombardeio publicitário desses produtos, reconhecendo que dietas ricas em açúcar, sal e gordura estão diretamente ligadas ao aumento de doenças crônicas, como obesidade e diabetes.
A Noruega já possui tradição em políticas nutricionais rigorosas e busca incentivar uma alimentação variada e saudável, inclusive com planos intersetoriais de nutrição e alimentos. A medida reflete uma tendência europeia de maior cautela com aditivos e ingredientes considerados de risco, como corantes artificiais e óleos vegetais bromados, proibidos ou fortemente controlados em vários países do continente.
No entanto, especialistas e órgãos de saúde destacam que a proibição do marketing é apenas uma peça do quebra-cabeça: muitos países europeus, incluindo a Noruega, reconhecem que só restringir a publicidade não basta para transformar hábitos alimentares. O debate segue aberto sobre a necessidade de políticas que também envolvam acesso, preço e qualidade dos alimentos saudáveis, educação alimentar e mudanças estruturais no sistema alimentar.
Enquanto a União Europeia discute regras comuns e outros países observam de longe, fica a provocação: proibir o marketing é suficiente para mudar hábitos alimentares? Ou precisamos de estratégias mais profundas, que envolvam acesso, educação e transformação real do sistema alimentar?
E aí, o que você pensa sobre isso? A medida norueguesa é um passo ousado ou só mais um capítulo na longa novela da alimentação saudável?
Fonte : https://www.foodtimes.eu/it/consumatori-e-salute/norvegia-divieto-marketing-cibo-bambini-2025/
